Declarado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, o Caminho de Santiago de Compostela é uma das rotas mais conhecidas do mundo. É percorrida por peregrinos, religiosos ou por aqueles que buscam evolução e autoconhecimento e é a peregrinação mais tradicional e conhecida do mundo, uma vez que seu trajeto é datado desde a Idade Média.
Pessoas de todas as partes do mundo realizam diferentes trajetos pela Europa rumo à cidade espanhola de Santiago de Compostela.
Conheça o Caminho de Santiago de Compostela, sua história, os trajetos mais famosos, como percorrer a caminhada da fé e muitas dicas para quem deseja seguir o desafio de trilhar essa estrada.
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Pedir Cartão →Inicialmente, peregrinos ingressavam nessa jornada em uma missão de fé, com o objetivo de chegar à cidade espanhola de Santiago de Compostela, local onde se encontrariam os restos mortais do apóstolo Tiago.
Hoje em dia, além da fé, o caminho se tornou uma forma de autodescoberta e crescimento pessoal e espiritual, onde pessoas de todas as idades e crenças se unem durante centenas de quilômetros.
Altamente recompensante, até mesmo a mais cética das pessoas encontrará seu propósito ao percorrer o Caminho de Santiago de Compostela, uma infinidade de experiências em que se permite conhecer mais sobre sua própria essência.
Registros históricos contam que os caminhos já eram percorridos desde o século IV para ir ao encontro das relíquias e do sepulcro do apóstolo Santiago Maior.
O Caminho chegou até a cair no esquecimento, porém, foi redescoberto por volta dos anos 80.
Há caminhos que afluem por vários países da Europa. Há mais de 100 rotas que levam à cidade de Santiago de Compostela. A peregrinação é guiada por placas durante todo o percurso. Por essa razão, é bom saber que se percorrer um trecho por mais de 15 minutos sem se deparar com nenhuma placa, pode ser um sinal de que está fora da rota. Portanto, saiba que o desafio exige muita atenção, além de preparo físico.
Nos primórdios do catolicismo, ainda citado na Bíblia, Santiago Maior, um dos doze apóstolos viajou para a Península Ibérica, onde espalhou o evangelho por toda a Galícia.
Só em 1211 foi concluída a Catedral de Santiago de Compostela, e existem, desde então, rumores de que os restos mortais do apóstolo estariam ali enterrados, e que todos que caminhassem pelo mesmo trajeto do discípulo seriam perdoados.
Em 1879, quando a cripta da catedral passou por reformas, foram encontradas as relíquias do apóstolo Tiago, que passaram a ser expostas ao público. E é também uma das razões que leva tanta gente a se tornar santiagueiros.
Em 1982, o Papa João Paulo II realizou uma grande missa campal em Compostela, que acabou tornando o destino muito desejado para peregrinos do mundo todo.
Os motivos pelos quais alguém escolhe cumprir essa peregrinação são muitos, desde os mais supérfluos, como emagrecer, até os mais profundos, como encontrar o próprio eu.
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Independentemente da cor, do credo, da classe social ou de seu país de origem, durante o trajeto todos são iguais, passam pelas mesmas dificuldades, oferecem ajuda quando necessária e estão sob o mesmo objetivo final: chegar a Santiago de Compostela.
De um modo geral, fazer essa escolha é de fato um processo de autoconhecimento, de descoberta, onde o indivíduo passa a dar valor as coisas pequenas da vida, a praticar o desapego e entender que é possível ser, e muito, feliz assim. E tudo se torna ainda mais leve quando o desapego não é só material, mas também de tudo o que pesa no coração.
Ao longo do caminho, o senso de humanidade se multiplica, de modo que estabelecimentos e pessoas estarão dispostos a orientar e dar abrigo aos peregrinos.
Na falta de um GPS e outros meios pouco utilizados por quem se entrega ao propósito, icônicas setas amarelas identificam o trajeto, pintadas em muros, pedras, árvores e onde mais for possível.
Ao cumprirem a peregrinação, os participantes têm direito a um “diploma”, auferido a quem completou o caminho como pede o figurino.
Para ganhar a Compostela, como é chamado, são determinadas pela Igreja distâncias específicas para pessoas que fazem o caminho a pé, de bicicleta e a cavalo: o diploma é concedido a partir de 100km para percursos com os pés no chão e 200km para quem chegou até lá sobre rodas ou cavalos.
São conhecidos mais de 100 caminhos que levam a Santiago de Compostela, partindo de diferentes pontos da Europa.
A todos que completam o percurso, lhes é concedido um tipo de “diploma”: a Compostela. O mérito de ganhar a Compostela, são determinadas distâncias mínimas: 100 km para os peregrinos que caminham a pé, e 200 km para os que vão de bicicleta ou a cavalo.
As rotas mais conhecidas saem da França e de Portugal, e, para ganhar a Compostela, todos os peregrinos ganham a Credencial do Peregrino no início do caminho.
Além de os caminhos se distribuírem por toda a Europa, há localidades que possuem diversas rotas. Há muitas variantes que podem ser traçadas. São elas:
A rota mais popular tem ponto de partida em Saint-Jean-Pied-de-Port, na França, rota favorita dos santiagueiros.
O caminho original e mais popular associada ao Caminho de Santiago de Compostela é aquela que tem início em Saint-Jean-Pied-de-Port, na França. Com um número maior de peregrinos, essa opção compreende aproximados 800 km até a chegada ao destino, distância que leva de 28 a 35 dias de caminhada.
Geralmente, o caminho de Santiago de Compostela tradicional costuma ser mais indicado para quem está fazendo o itinerário pela primeira vez e não tem nenhuma experiência sobre trajetos e locomoção em território europeu.
A rota francesa é realizada por cerca de 70% de todos os peregrinos, e reúne o maior número de suporte aos participantes no caminho, principalmente durante os meses que compreendem o verão no hemisfério norte.
Conheça também o mapa da Espanha.
De excelente estrutura, há uma grande oferta em albergues, lanchonetes e restaurantes para que os peregrinos façam suas paradas. Durante o roteiro pela Galícia, sinalização é outro ponto forte para os que optam por ele.
Ainda no caminho original, é possível optar por duas rotas iniciais: a de Napoleão e a de Valcarlos, sendo a primeira de caminho mais bonito e mais popular entre os peregrinos. Valcarlos é recomendada somente em casos de adversidades climáticas.
Veja o trajeto detalhado do percurso:
O segundo caminho mais famoso para a peregrinação rumo a Santiago de Compostela parte de Portugal, especificamente da cidade do Porto. Existe ainda uma rota alternativa que sai de Lisboa, no entanto aumenta a viagem em 600 quilômetros, aproximadamente, o que equivale a 25 dias a mais na jornada.
Portanto, a rota original partindo do Porto leva “apenas” 230 quilômetros, um trajeto bem mais tranquilo se compararmos com o caminho francês, principalmente por ser mais plano que o tradicional. A média de dias em caminhada varia de 7 a 11.
Saiba o que fazer no Porto.
Como a segunda rota mais percorrida (13% da preferência), existem boas sinalizações pelo caminho de Santiago de Compostela, assim como albergues e demais estabelecimentos voltados ao atendimento aos peregrinos.
Confira os locais por onde esse roteiro percorre:
Mais informações e um roteiro detalhado sobre o caminho português podem ser baixados no manual dos Amigos Del Camiño, que inclui também o trajeto de Lisboa a Porto.
Distância entre o Porto e Santiago de Compostela: 3 caminhos diferentes.
Enquanto a maioria das pessoas faz o trajeto a pé, outras fazem de bicicleta e até mesmo a cavalo e a escolha pelas duas rodas têm sido cada vez mais adotada nos últimos anos. O trajeto leva cerca de 20 dias para ser completado, para quem pedalar cerca de 40 a 45 quilômetros diários.
A resposta é não. A grande maioria dos peregrinos alugam suas bicicletas ou até mesmo as compram quando chegam na Espanha. Lembre-se, entretanto, de garantir seu kit de segurança, que é obrigatório no país.
Em adição, o peregrino deverá adaptar seu veículo com alforjes, sinalização e ter algumas ferramentas básicas caso haja a necessidade de dar manutenção.
Outra dica para quem gosta de pedalar é a possibilidade de se unir a alguns grupos de peregrinos que fazem o trajeto de bicicleta, com serviços específicos e estrutura de apoio. Um bom exemplo aqui no Brasil está no Bikeline Brasil, com grupos que saem em abril, junho e setembro.
Portanto, a conclusão a que chegamos é que se você tem familiaridade com o ciclismo e tem pouco tempo para fazer a peregrinação, a bicicleta é altamente recomendável. No entanto, se você não está acostumado a andar de bike, nem tem tanto preparo físico para isso, fazer o caminho de Santiago de Compostela a pé, no seu tempo, ainda é a melhor alternativa.
Outro ponto contra experiências em bicicletas é o fato de muitos albergues nem sequer aceitarem peregrinos com os veículos ou animais, por não terem condições de garantir a segurança ou alojamento para os “adicionais”.
A escolha com os pés no chão é a modalidade favorita por 85% dos peregrinos. Já os “bicigrinos”, como chamados os peregrinos de bicicleta, totalizam 14%, enquanto 1% fica para os que fazem o trajeto a cavalo.
Como você já deve ter percebido a essa altura, os peregrinos que escolhem fazer o caminho de Santiago de Compostela estão em busca de autoconhecimento, de purificação e de desapego, aprendendo que é possível ser feliz com pouco. Portanto, a primeira e principal dica para começar a viagem é: vá com o menor número de coisas possível.
Outra dica importante antes de cair na estrada é se informar muito bem sobre o roteiro que pretende traçar. Nada de deixar tudo para a última hora! Meses antes, comece a estudar o trajeto, bem como as rotas que possuem mais suporte ao peregrino pelo caminho, como albergues e outros dados importantes.
Alguns sites já fazem isso, facilitando o processo, como o Mundicamino, URCamino e o Guia Consumer.
Adequando suas necessidades a estação do ano e o percurso escolhido, é possível viajar com segurança e conforto sem muitas preocupações.
E lembre-se que não é preciso se afobar em levar tudo logo de cara, pois você terá a oportunidade de comprar várias coisas ao longo do caminho.
Por regra, uma mochila adequada tem, no máximo, 10% do peso de quem a transporta. Mas no caso dessa viagem, menos é mais. Existem pessoas que conseguem passar todo o percurso levando somente uma mochila daquelas escolares nas costas, mas elas costumam ser exceções à regra.
Mochila de viagem: quais as melhores, onde comprar e como escolher.
Se a viagem acontece no verão, a mochila será bem menor que em estações mais frias, pela simples lógica de que as roupas serão mais reforçadas, bem como o saco de dormir.
Em meias estações, como a primavera e outono, uma mochila entre 35 e 50 litros pode ser suficiente; já o inverno pede algo em torno de 60 litros. Em todos os casos, escolha sempre uma mochila de material impermeável e resistente.
Veja as estações do ano na Europa.
Essa é uma parte muito importante, tanto para o conforto quanto para a segurança. Evite comprar sapatos novos logo antes do percurso, pois eles ainda não estão laceados o suficiente e podem machucar os pés.
Caso compre, escolha um número maior e use-os pelo menos um mês antes da viagem, para que peguem o formato dos pés. Durante o caminho de Santiago de Compostela, os pés incham e as descidas podem machucar as unhas.
Outro ponto aqui paira sobre a dúvida. A massiva maioria dos peregrinos prefere usar botas impermeáveis, principalmente durante estações do ano onde a chuva se faz mais presente. No entanto, se você for viajar no verão, opte por calçados respiráveis. Fuja dos tênis de corrida ou modelos comuns.
Calçados de cano alto aqui têm mais uma serventia: a de evitar que o peregrino torça os tornozelos durante o caminho.
Durante a estadia nos albergues, use chinelos ou sandálias de borracha (que possam ser usadas com meias no frio), para usar, lavar e secar rápido. Geralmente os estabelecimentos pedem para que os viajantes deixem os tênis na entrada do local, já que costumam estar bastante sujos.
Checklist de viagem: o que não pode faltar na sua mala.
Trocar de meias com alguma constância podem ajudar a evitar bolhas nos pés. Considere dar uma atenção especial a quantidade delas na sua mochila e troque os pares a cada duas ou três horas.
Para se manter confortável com o suor e a sujeira, é imprescindível selecionar itens de higiene pessoal que melhor se adequem às suas necessidades.
Não se esqueça de sua escova e pasta de dente, sabonete, sabão para lavar algumas roupas (se quiser, pode levar uma escovinha), uma toalha de microfibra para se enxugar após o banho e outra para o dia a dia; papel higiênico e/ou lenço; e o que mais achar necessário para se manter limpo e confortável.
Mulheres podem levar shampoo e condicionador em tubos pequenos, pente para os cabelos, um pequeno frasco de hidratante, absorventes e anticoncepcional, caso façam uso.
Além das dicas de conforto para fazer o caminho de Santiago de Compostela ser menos desgastante e mais proveitoso, alguns itens são indispensáveis.
Se está planejando viajar para a Europa e trilhar o Caminho de Santiago de Compostela, é importante saber que é obrigatório ter um seguro viagem. Sugerimos que faça uma simulação no Seguros Promo para conferir as várias opções de seguro para a sua viagem à Europa.
Para o outono e o inverno, pense em roupas adequadas e leves para garantir uma caminhada com um pouco mais de conforto. Roupa para prática de esportes no frio é uma ótima opção. A opção de casaco corta-vento é a ideal.
O mesmo serve para as estações mais quentes. Roupas leves e que te permitam transpirar serão de grande ajuda. E claro: boné ou chapéu, e óculos de sol ajudarão – e muito!
Ah! E não se esqueça: Meias serão essenciais, afinal, os pés merecem atenção especial.
A dica é que a mochila tenha apenas 10% do peso de quem vai carregá-la e que seja impermeável, assim como a escolha do calçado. Tecidos resistentes e que não molham são boas escolhas.
Ao chegar à sagrada cidade, não deixe de visitar o que há de mais bonito por lá. Reserve uma dia de seu itinerário para fazer uma excursão pela cidade e até uma visita guiada pela Catedral e Museu de Santiago de Compostela. É imperdível!
Espero que tenham gostado das dicas para percorrer o Caminho de Santiago de Compostela. Se o fizer, comente aqui como foi!
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