A Itália é a maior produtora de vinhos do mundo e o segundo país em exportação. Muitos apreciadores da bebida organizam suas viagens com o foco nos destinos onde podem degustar os melhores rótulos de vinho de cada região produtora. Na Itália se produz vinho em todas as 20 regiões, mas nesse artigo vou te apresentar 3 rotas de vinho na Toscana.
Vem comigo por essa inebriante rota do vinho, pelas maravilhosas curvas toscanas.
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Diferente do que muita gente pensa, a Toscana é muito grande; são mais de 22 mil km² de extensão e 10 províncias, ou regiões, que agrupam pequenas cidades ou micro municípios, que na Itália são chamadas de comune.
Moro na Toscana desde que cheguei na Itália, em dezembro de 2021 e, por isso, acabei ampliando mais o meu foco neste território, principalmente no que se refere a vinhos. Só a região da Toscana tem 12 diferentes vineyards, ou regiões vitivinícolas distintas, que se diferenciam entre si pelos seus diferentes terroirs.
São eles:
Já conheci todos eles e escolhi 3 para te ajudar a montar seu roteiro no mundo do vinho toscano, dando dicas de uvas, passeios, hospedagens em agroturismos autênticos e vinícolas para visitar.
Aliás, se quiser dar uma olhada em algumas dicas de hospedagem em Florença e nos agroturismos das redondezas, escrevi um artigo só sobre isso, dá uma olhada!
A região do Chianti Classico é a área vinícola mais famosa da Itália. Conhecida por sua paisagem exuberante, colinas ondulantes, ciprestes e vinhedos pitorescos, o Chianti Classico é um destino imperdível para os amantes de vinho e turistas que desejam explorar a cultura e a história italiana.
Situada no coração da Toscana, entre as cidades de Florença e Siena, a área abrange várias cidades e vilas encantadoras, cada uma com suas próprias atrações. E aqui, a uva originária da região é a Sangiovese; é com ela, obrigatoriamente, que devem ser feitos os Chianti, tendo um limite de tolerância de acréscimo de apenas 20% de outras uvas, nativas da zona ou não, na fabricação do vinho.
Separamos quatro cidades na regiões que devem estar no roteiro.
Uma das principais cidades da região, Greve é famosa por sua praça central pitoresca, a Piazza Matteotti, onde você pode encontrar lojas de produtos locais, restaurantes e enotecas.
Uma charmosa vila cercada por muralhas medievais, com ruas estreitas e sinuosas que convidam a passeios a pé. Recomendo dar uma paradinha na enoteca da Tenute Squarcialupi, onde eles têm aquelas máquinas que servem vinhos em doses e você pode degustar pequenas quantidades de cada vinho produzido, que não são poucos.
Outra encantadora vila com ruas de paralelepípedos, oferecendo vistas deslumbrantes da paisagem toscana. É aqui nessa região que está localizado um dos borgos que mais amo em todo o Chianti, o borgo do Castello di Volpaia. Uma piccolissima vila medieval gerida por uma senhorinha simpática, Dona Giovanella e seus filhos, que juntos tocam o agroturismo, produção de azeite e vinho, um deles, eleito em 2018 pela Wine Espectator, o terceiro melhor vinho do mundo.
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Uma cidade com um rico patrimônio histórico e um destino popular para os ciclistas que querem explorar as colinas da região.
O principal no Chianti, claro, são vinhedos e cantinas (onde se produz o vinho). Aprender um pouquinho sobre o processo de produção do vinho Chianti Classico, bater longos papos com produtores, enólogos e donos de pequenas vinícolas e, claro, degustar vinhos maravilhosos.
Muitas vinícolas oferecem tours guiados por seus vinhedos, cantinas e adegas de envelhecimento, antes de passar para a melhor parte dos passeios: as degustações.
Mas, a região do Chianti Classico oferece várias outras atrações:
A região do Chianti Classico é o lar de muitas vinícolas de alta qualidade. Você pode juntar atrações turísticas, lugares pitorescos para visitar com degustações em cantinas. Escolha um dos muitos roteiros de um dia que o Get Your Guide tem pela região do Chianti.
Algumas das mais conhecidas – e que eu particularmente gosto muito – incluem:
Essa história adoro contar, a história da La Leggenda del Gallo Nero del Chianti. Na época em que Florença e Siena eram inimigas e rivais, estabeleceu-se uma disputa pelo tamanho do território, principalmente por causa do vinho.
Então, optaram por resolver a disputa, colocando dois cavaleiros para cavalgarem, cada um saindo do marco zero de suas cidades, a partir do primeiro galo que cantasse em suas terras. No local onde os cavaleiros se encontrassem, seria a demarcação dos limites de cada uma das cidades. Descubra quem foi o vencedor mais audaz dessa disputa.
A região de Bolgheri, na Costa Toscana, ficou famosa e se tornou icônica e reconhecida pela alta qualidade e prestígio dos seus vinhos. Diria que foi, ao longo dos anos, uma combinação de fatores favoráveis que contribuíram para o reconhecimento e sucesso dos vinhos produzidos ali, como terroir, tecnologia e inovação, marketing e uma boa dose de lobby, mas, tudo valeu a pena.
Bolgheri se sobressaiu quando os viticultores começaram a introduzir os chamados ‘cortes bordoleses’ (uvas autóctones da França) aos seus vinhos, deixando de se preocupar com as regras da DOC Toscana do Chianti Classico. Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc passaram a compor os blends da região, mas, como não se encaixavam nas regras do Chianti Classico, eram considerados ‘vinhos de mesa’, a categorização mais básica para um vinho.
Assim surgiram os ‘Super Toscanos’ e a luta para obter o seu reconhecimento oficial, que só veio em 1983, quando a região de Bolgheri finalmente recebeu a denominação de origem controlada (DOC). Obviamente com essa conquista, ganharam ainda o reconhecimento internacional: os vinhos da região receberam altas pontuações em avaliações de críticos de vinho influentes em todo o mundo, como a revista Wine Spectator e a revista Wine Advocate.
A região de Bolgheri também é palco de diversos eventos e festivais ao longo do ano, como festas de colheita, festivais de vinho e celebrações culturais. Consulte a programação de eventos antes de fechar seu roteiro.
Algumas das principais atrações da região de Bolgheri são:
O próprio borgo de Bolgheri já em si uma belíssima atracão turística. Trata-se de um charmoso vilarejo que empresta seu nome à região vinícola.
Com ruas de paralelepípedos, casas medievais e um cenário pitoresco, Bolgheri é um local encantador para passear e explorar. Enotecas, lojinhas, cafés, gelaterias e restaurantes garantem uma tarde (ou um dia inteiro) de diversão.
Outro lugar imperdível da região de Bolgheri é sem dúvida, Castagneto Carducci. Esta comune vizinha é famosa por sua rica história e arquitetura bem preservada, além do Castello di Castagneto Carducci, nas mãos da famiglia della Gherardesca desde o ano 1000.
É um ótimo lugar para passear e apreciar as vistas panorâmicas da paisagem rural da Toscana.
Localizada ao longo da costa do Mar Tirreno, San Vincenzo é uma estância balnearia muito procurada no verão. Com suas praias de areia dourada e águas cristalinas, é um destino atraente para turistas que desejam combinar a experiência de degustação de vinhos com atividades à beira-mar – e uma excelente gastronomia à base dos frutos do mar. Eu amo!
Dificílimo para mim, ter que escolher só algumas para elencar neste artigo. Todas as vezes que vou a Bolgheri (e olha que vou com frequência) descubro novas e belas vinícolas. Mas vamos lá, algumas das minhas preferidas:
Aproveite e veja também nosso guia “Descobrindo o vinho toscano“.
Duas regiões distintas, que produzem diferentes vinhos, mas que são emblemáticas na produção dos rótulos toscanos. Tanto Montalcino quanto Montepulciano possuem encantadores borgos para visitar, paisagens deslumbrantes, vinhedos exuberantes e vinhos deliciosos.
Situada ao sul de Siena, em uma colina que oferece vistas panorâmicas dos vales de tirar o fôlego. O borgo de Montalcino é cercado por vinhedos que produzem a uva Sangiovese, usada para fazer o renomado vinho Brunello di Montalcino.
Mas por que esse vinho ganhou notoriedade mundial? Tudo começou em meados de 1800 quando Ferruccio Biondi-Santi deixou as uvas fermentarem por períodos mais longos, conferindo aos vinhos maior acidez e propensão para maiores períodos de envelhecimento.
Para ser considerado um Brunello, além da região produtiva e da tipologia da uva, Sangiovese, o vinho precisa atender as normas quanto a tempo de envelhecimento mínimo em barricas de carvalho, depois mais um tempo em garrafa, antes de sair para o mercado, e ainda apresentar um teor alcoólico mínimo de 12,5%.
A principal atração em Montalcino é a sua fortaleza medieval, a Fortezza di Montalcino. Ali você terá vistas espetaculares das colinas de Montalcino, além de ser um ótimo lugar para apreciar o pôr do sol. E claro, haverá inúmeras enotecas para você degustar vários Brunellos.
Além disso, o centro histórico é encantador, com ruas estreitas de paralelepípedos, casas de pedra e edifícios históricos. A Catedral de Santa Maria Assunta é outra atração a se visitar, com uma fachada interessante e belos afrescos em seu interior.
As várias vinícolas de Montalcino contribuem para a reputação internacional do vinho Brunello. Algumas das principais vinícolas da região são:
Também localizado ao sul de Siena, Montepulciano é famosa pelo ‘Vino Nobile di Montepulciano’, também feito principalmente a partir da uva Sangiovese, mas com regras da DOC bem diferentes do Brunello, uma delas, é que ele pode ter até 30% de outras uvas que não a Sangiovese.
Conhecida por suas antigas adegas subterrâneas, onde os vinhos são envelhecidos, Montepulciano atrai turistas não só pelo seu vinho, mas também pela Saga Twilight. Foi nesse borgo medieval onde foi filmada a série e locais onde cenas marcantes foram rodadas.
Um dos pontos icônicos da série é a cena da perseguição do Porche amarelo pela polícia local, gravada na Piazza San Francesco, ou a Piazza Grande, em frente ao Palazzo del Comune, onde a Bella corre pela multidão para salvar a vida de Edward.
Montepulciano é uma comune rica em história e arquitetura. Sua principal atração é a Piazza Grande, uma bela praça cercada por palácios renascentistas impressionantes. Além da praça, a Basilica di Santa Maria Assunta – sim, várias igrejas na Toscana tem o mesmo nome (rs) – possui uma fachada magnífica e abriga várias obras de arte valiosas.
Além disso, Montepulciano é famosa por um evento da época medieval, que acontece ainda nos dias de hoje, o “Bravio delle Botti”, uma corrida de barris que acontece no último domingo de agosto, onde homens correm empurrando botes de vinho.
Diferente de Montalcino, os vinhos de Montepulciano ganham outros tons e aromas, pois podem ter em suas composições 30% de outras uvas, nativas da região toscana ou não.
Nesse roteiro dividi a viagem em duas hospedagens, sendo a primeira no Chianti e a segunda em Bolgheri. Entre uma e outra você consegue fazer Montalcino e Montepulciano.
Comece se hospedando no Chianti, em um agroturismo bem autêntico. Sugiro dois que conheço bem e que estão localizados em zonas de fácil acesso aos demais passeios da semana, Castello di Brolio e Castello di Bossi.
No primeiro dia você fará o check-in e pode aproveitar para jantar na própria hospedagem. No segundo dia vá conhecer os vinhedos, a cantina e fazer a degustação dos vinhos da propriedade. Na parte da tarde explore a região vizinha ao Castello.
No terceiro dia faça um full day em Siena. Compre um tour guiado pelo centro histórico, explore as ruelas antigas, entre no Duomo, pare para almoçar em uma das tratorias e não esqueça de escolher uma enoteca e provar vinhos de diferentes vinícolas.
No quarto dia vá conhecer a icônica vinícola de Marchesi Antinori, a caminho de Firenze. Lá você vai se surpreender com a arquitetura da vinícola, eleita a melhor do mundo em 2022. Faça uma das degustações que eles oferecem e depois siga para passar o resto do seu dia explorando Firenze. Veja as sugestões de roteiros em Firenze.
No quinto dia sugiro explorar a região do Chianti Clássico, passando por Greve, Gaiole, Radda. Em Panzano não deixe de parar para degustar a autêntica bisteca fiorentina de outra lenda do Chianti, Dario Cecchini, o maceleiro (açougueiro) mais famoso da Itália.
Antes de voltar para a hospedagem sugiro dar uma passadinha no centro histórico de Castellina in Chianti e ir degustar os vinhos da enoteca da Tenute Squarcialupi, com uma belíssima tábua de frios com produtos locais.
No sexto dia fazemos as malas e o check-out no Chianti e partimos para degustar os vinhos de Montalcino e Montepulciano, à caminnho de Bolgheri.
Em Montalcino sugiro degustar pelo menos um Brunello de Biondi-Santi na enoteca do borgo, pois a vinícola não recebe visitas. Na sequência, pare para um almoço harmonizado em Montepulciano e, depois, visite o borgo.
No sétimo dia já estaremos em Bolgheri e eu escolheria uma das tantas vinícolas dali para fazer uma degustação vertical, ou seja, degustar o mesmo rótulo de vinho, mas de safras diferentes, para você sentir toda a potencialidade do terroir de Bolgheri e as diferentes notas que se pode reconhecer entre uma boa safra e uma safra mais ou menos.
Minhas sugestões são as vinícolas Le Macchiole, Caccia al Piano, Ornelaria ou mesmo a Guado al Tasso, de Marchesi Antinori, onde sugiro você ficar para o jantar; uma belíssima experiência.
No oitavo dia vamos explorar o borgo de Bolgheri, tomar um demorado gelato, fazer umas comprinhas nas várias lojinhas do borgo, parar para almoçar na Enoteca Tognoni ou em qualquer outro restaurante dali.
O nono dia reservaria para ir conhecer outro borgo lindinho da região, o borgo de Castagneto Carducci e apreciar a bela vista do alto da colina. Você pode parar para almoçar em uma das tratorias mais antigas e artesanais da região, a Tratoria da Ugo. Para encerar o dia aconselharia uma degustação dos belos vinhos do Campo alla Sughera.
E para fechar com chave de ouro nosso roteiro pelos vinhos clássicos da Toscana, no último dia um almoço de despedida na Osteria da Tenuta San Guido com uma degustação especial do eleito melhor vinho do mundo, Sassicaia.
Aproveite e confira essa coluna em que explico a diferença entre guia e acompanhante turístico.
Na minha opinião, a Toscana deve ser feita de carro, então minha sugestão é você alugar um. Você precisa de liberdade de movimento; precisa conseguir acessar facilmente lugares que não são atendidos por trem e onde os ônibus são escassos e em poucos horários do dia.
Para isso sugiro fazer uma cotação com a DiscoverCars. A plataforma compara ofertas de aluguel de carros de diversas empresas, assim é mais fácil escolher qual é a melhor para sua viagem. Eles trabalham com locadoras internacionais renomadas e empresas locais, além de oferecer todos os tipos de carros.
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A maioria das pessoas acaba reservando somente a hospedagem, deixando para ‘ver na hora’ o que dá vontade de fazer e comer. Não faça isso, principalmente se você está viajando na alta temporada da Itália, que acontece de meados de junho a meados de setembro. Tudo fica lotado e corre o risco de você ficar sem passeio ou sem jantar.
Reservas nas vinícolas para as degustações precisam ser feitas, assim como reservas em restaurantes para almoços e jantares, compras antecipadas dos bilhetes para museus, passeios, enfim, não deixe pra resolver na hora, caso contrário você pode ficar na mão.
Sim, eu sei que a gente normalmente não usa, mas tem que ter. A maioria dos países da Europa, que faz parte do Tratado Schengen, exige um seguro-viagem para você entrar. Então, não corra risco de começar a sua viagem com dor de cabeça.
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Tenho certeza que te deixei com água na boca, não foi?! Sou completamente apaixonada por essa região da Itália e a Toscana atualmente é o meu ‘jardim’. Com essas dicas acho que você vai conseguir fazer a viagem dos seus sonhos, pelo menos no quesito ‘vinho italiano’. Salute!
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