A Abadia de Cluny, localizada na região da Borgonha, França, atrai anualmente milhares de amantes de arte, cultura, sociologia e história. Ela teve seu auge de importância e conhecimento durante a Idade Média.
Embora a Abadia de Cluny tenha sido desmantelada durante a Revolução Francesa, ela já foi a maior do mundo ocidental e as partes que permanecem ainda são bastante significativas e nos dão uma noção de sua da grandeza original.
Ainda existem partes dos transeptos, passagens entre áreas maiores e os campanários das igrejas da abadia. Enquanto que em outros edifícios, ainda é possível conhecer os celeiros e partes das torres que ficavam dos dois lados da entrada da Abadia de Cluny. Quer saber mais sobre esse local histórico e cultural? Leia esse artigo até o final.
Índice do artigo
História da Abadia de Cluny
Fundada em 910 por monges beneditinos, a Abadia de Cluny é um dos maiores monastérios já construídos pela humanidade, se dividindo arquitetonicamente em Abadia de Cluny I, Abadia de Cluny II e Abadia de Cluny III.
A construção, que durou até o ano de 1131, foi feita em uma reserva florestal doada pelo duque da Aquitânia, Guilherme I, o Piedoso.
Em Cluny, a liturgia era extensa e bonita em ambientes inspiradores, refletindo a nova onda de piedade do século XI. Naquele período, a intercessão monástica parecia indispensável para alcançar um estado de graça, e os governantes competiam para serem lembrados nas orações dos monges beneditinos de Cluny.
Para tal, doavam terras e generosas quantias de dinheiro que tornaram possível a Abadia de Cluny se tornar um centro cultural muito importante naquele período.
No auge de sua influência, no século XII, a Abadia de Cluny estava à frente de um “império” monástico de 10.000 monges. Os abades de Cluny eram quase tão influentes e poderosos quanto os papas, e quatro deles mais tarde se tornaram papas, inclusive.
Em 1098, o papa Urbano II, ele próprio um monge de Cluny, chegou a dizer que a Abadia de Cluny era a “luz do mundo”.
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Perda de influência
No entanto, no início do século XII, a ordem começou a perder forças principalmente quando muitos de seus monges se tornaram bispos e cardeais em toda a França e Europa.
Na época da Revolução Francesa, já no século XVII, os monges da Abadia de Cluny foram identificados com o Antigo Regime, e por esse motivo, a ordem foi suprimida na França e o mosteiro de Cluny foi parcialmente demolido.
A abadia foi vendida como propriedade nacional e foi usada como pedreira, sendo sistematicamente desmantelada até 1823.
Atualmente, a Abadia de Cluny possui o selo de Patrimônio Europeu sendo, portanto, completamente preservada, principalmente por sua importância histórica, já que guarda dentro de seus portões um acervo gigantesco sobre a Idade Média.
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Como visitar a Abadia de Cluny: guia completo
Como chegar
Se você estiver procurando o aeroporto mais indicado até a Abadia, esse é o Aeroporto de Lyon. Em Lyon, você pode optar por seguir até Cluny por trem, táxi ou carro alugado e a viagem dura em torno de uma hora. O site Rome2Rio pode te auxiliar a escolher o melhor meio de locomoção.
Horário
A Abadia de Cluny permanece aberta à visitação todos os dias do ano, exceto em alguns feriados. Geralmente, as visitas duram cerca de duas horas, nas quais os turistas podem passear pelas ruínas da cidade medieval e explorar o interior das igrejas reconstruídas e seus anexos. A Abadia abre às 9h30 e fecha entre 18h00 e 19h00.
Ingressos
Em Cluny, há quatro tipos diferentes de visitas: tour guiado, tour guiado por áudio, visita guiada e excursão em grupo. O ingresso normal custa 9,50€, o ingresso com preço reduzido custa 7,50€ e o ingressos para menores de 18 anos é gratuito. Os ingressos podem ser adquiridos diretamente pelo site Monuments Nationaux.
O que ver na Abadia de Cluny
Muito embora a maior parte Abadia de Cluny esteja em ruínas, essas mesmas as ruínas sugerem o tamanho e a glória da abadia em seu auge. Imaginá-la como era antigamente é, certamente, parte da atração majestosa que possuía quase 187 metros de altura.
Inicie a sua a visita pela Porte d’Honneur, a entrada para a Abadia e sua aldeia. Sua arquitetura clássica é refletida nas pilastras e colunas de estilo romano no majestoso Clocher de l’Eau-Bénite, que coroa o transepto sul.
Um fato interessante é que de um lado do transepto sul encontra-se um centro de criação de cavalos, fundado em 1806 pelo próprio Napoleão Bonaparte e construído com materiais da abadia destruída durante a Revolução Francesa. Enquanto que do outro lado desse transepto, há um elegante pavilhão construído pelos próprios monges arquitetos.
Na Abadia de Cluny também está uma construção gótica, datada do século XIII, que serviu como uma adega no nível inferior e uma loja de farinhas em seu nível superior.
Atualmente, essa loja de farinhas funciona como um pequeno museu, exibindo modelos da Abadia e vários artefatos medievais. De fato, na Abadia de Cluny, a arquitetura românica está em todas as partes.
Os temas são geralmente refinados e simbólicos, assim como convém a uma abadia tão sofisticada, tais como as estações do ano, os quatro ventos, os quatro rios do paraíso, as árvores do paraíso e as virtudes teológicas. Adão e Eva, o sacrifício de Isaque e alguns animais mitológicos também adornam a Abadia.
Fechando a visita, está o Musée Ochier, no castelo da Abadia que contém obras-primas de esculturas românicas, restos da Abadia e da aldeia conservados, bem como parte da Bibliothèque des Moines (a Biblioteca dos Monges).
Visitar a Abadia de Cluny é realmente fazer uma viagem no tempo e conhecer de perto uma parte do que foi o mundo medieval.
O que ver por perto da Abadia de Cluny
Entre as atrações mais procuradas próximas da Abadia de Cluny estão o Chateau at Cormatin e a aldeia de Brancion, bem como a cidade de Mâcon, ao sudoeste de Cluny, maior e com vários pontos interessantes para se conhecer.
Onde ficar
A variedade de locais para se hospedar próximo à Abadia de Cluny é vasta por se tratar da região da Borgonha. Existem hotéis para todos os gostos e bolsos à sua disposição.
Portanto, planeje-se para conhecer essa verdadeira joia medieval preservada na França e mergulhe em um mundo completamente diferente do que conhecemos hoje.
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