O que fazer em Malta é uma dúvida comum entre aqueles que planejam uma viagem ao arquipélago no coração do Mediterrâneo. Muitos brasileiros escolhem o país para intercâmbio, mas, além disso, Malta é berço de uma cultura rica e praias deslumbrantes, ideal para quem deseja sair do óbvio nas férias na Europa.

Em cada esquina, há um pedaço de história e lugares a serem descobertos, assim como um povo extremamente hospitaleiro. Se você planeja uma viagem para este destino, acompanhe as dicas a seguir e roteiros para até 7 dias.

O que fazer em Malta?

Antes de mais nada, vou contextualizar como conheci o país. Em 2019, embarquei para a Alemanha com meu então namorado, agora marido, com um visto Working Holiday. O que não esperava era que, poucos meses após nossa chegada, o mundo mergulharia em uma pandemia que duraria dois anos.

Felizmente, a Alemanha conseguiu enfrentar bem a primeira onda da Covid-19. Assim, em julho de 2020, antes de voltarmos ao Brasil, decidimos explorar alguns destinos europeus, e Malta foi um deles.

Portanto, ressalto sempre que a minha experiência em Malta foi completamente atípica, pois visitei o país durante um período sem as multidões habituais de turistas. Ainda assim, a essência do país e a cultura vibrante era inegável.

Dito isso, vamos ao que interessa: Malta é um país de apenas 316 km². Isso significa que, em cerca de 1h de carro, é possível cruzar de um extremo ao outro da ilha principal! Para ajudá-lo a planejar sua visita, mapeei as principais atrações e trouxe roteiros para 3, 5 e 7 dias. Vamos lá?

O que fazer em 3 dias em Malta?

Se você está planejando uma viagem curta e não sabe o que fazer em Malta, fique tranquilo! Em apenas 3 dias é possível explorar diferentes cantos do país e ainda partir para outros destinos de verão na Europa e aproveitar o restante das suas férias.

Minha sugestão para um roteiro mais curto é que você conheça a capital, Valletta, as ilha de Comino, Mdina, a cidade silenciosa e as praias do norte. E sim, é possível fazer tudo isso em apenas 3 dias!

Dia 1 em Valletta

Valletta é uma cidade rica em história, arte e arquitetura. Mesmo pequena, é recheada de atrações turísticas e locais para conhecer. No seu primeiro dia, aproveite para visitar os principais pontos da capital:

  • Comece seu dia passando pelos imponentes Portões da Cidade, que são a entrada principal para a cidade fortificada;
  • Caminhe pela Rua da República, a principal rua comercial de Valletta, cheia de prédios históricos e bem característicos do local, lojas e cafés. Um charme!
  • Visite a Catedral de São João (St. John’s Co-Cathedral), uma verdadeira obra-prima barroca, a catedral é conhecida por seu interior dourado e pelo famoso quadro de Caravaggio, “A Decapitação de São João Batista”. A obra, localizada no oratório da catedral, foi feita no início do século XVII, quando o artista estava sob a proteção dos Cavaleiros de Malta;
  • Conheça o Palácio do Grão-Mestre, anteriormente a casa dos líderes da Ordem de São João e agora a residência oficial do presidente de Malta. Desde 2020 está em reformas, mas ainda é possível visitar o local para conferir algumas exposições no Arsenal;
  • Caminhe pelos Jardins Upper Barrakka, os jardins garantem uma das melhores vistas panorâmicas do Grande Porto e das “Três Cidades”. Você pode aproveitar para fazer uma pausa e tomar um café com uma das melhores vistas da cidade;
  • Vá também aos Jardins Lower Barrakka, menos movimentado do que o Upper, também vale a visita, pois fica a apenas alguns minutos de distância do seu “irmão”;
  • Visite o Fort St. Elmo, localizado na ponta de Valletta, essa fortaleza desempenhou um papel importante durante o Grande Cerco de Malta, em 1565;
  • Conheça a Igreja de Nossa Senhora do Monte Carmelo, uma construção super imponente, que se destaca no centro de Valletta.

Se conseguir encaixar no roteiro, ainda há muitos outros museus, igrejas e locais históricos para explorar em Valletta. Porém, trouxe um bom resumo das principais atrações que você pode visitar em um dia.

Vista de Valletta, em Malta
Vista dos Jardins Upper Barrakka que deve estar no roteiro em Valletta. Foto: Ana Carolina Lisboa

A noite, não esqueça de aproveitar a vida noturna da capital, que traz ótimas opções de culinária e uma atmosfera incrível! Você pode, inclusive, fazer uma excursão a pé pela cultura e comida de rua de Valetta.

Dia 2 – Mdina e praias do norte

Conhecida como “A Cidade Silenciosa”, a antiga capital do país fascina entusiastas da era medieval e fãs de “Game of Thrones”, tendo sido um dos cenários da série. A cidade possui uma atmosfera encantadora e fica a apenas 30 minutos de ônibus do centro de Valletta.

  • Passeie pelas ruas de Mdina, conheça a Catedral de São Paulo, os museus do Palazzo Falson e do Palazzo Vilhena;
  • Se quiser, siga para Rabat, na cidade ao lado, e conheça as Catacumbas de São Paulo, uma galeria subterrânea de mais de 4km;
  • À tarde, dirija-se às praias do norte de Malta, como Mellieha Bay, Ghadira ou Golden Bay. Por serem relativamente próximas umas das outras, é possível incluir mais de uma no roteiro!

Dependendo do tempo que você decidir ficar em cada local, ainda é possível incluir na lista a famosa Popeye Village. O local foi o set de filmagem da produção de 1980, estrelada por Robin Williams, e virou um dos grandes pontos turísticos do país.

Quando visitamos, o lugar estava mais tranquilo do que o usual (pois estávamos no meio da pandemia). Foi uma experiência agradável, e pode ser especialmente interessante para famílias com crianças. Uma visita de 2h a 3h é o ideal, e é possível adquirir ingresso e traslados saindo de Mellieha para a Popeye Village com antecedência a partir de 58,65€ por pessoa.

Dia 3 – Comino

A Ilha de Comino é uma das mais bonitas de Malta. Lembrando que o transporte entre as ilhas é feito principalmente por ferry. Portanto, planeje-se com antecedência e se informe sobre alguns dias antes de fazer seu passeio.

  • Definitivamente a Blue Lagoon é parada obrigatória e provavelmente será o ponto alto da sua viagem. É como se banhar em uma piscina de água salgada. A água cristalina e tranquila é perfeita para nadar, mergulhar ou simplesmente relaxar ao sol. Idealmente, pegue o primeiro ferry e chegue cedo, pois o local não tem muita estrutura para se instalar e costuma ser bastante lotado;
  • Menos visitados do que a Lagoa Azul, Santa Maria Bay e Santa Maria Caves, são igualmente impressionantes. A baía é ótima para mergulhar e as cavernas para explorar.

A ilha é pequena e para aproveitá-la bem em um dia, considere fazer uma excursão de barco para ver a Lagoa Azul, Lagoa Cristal e Grutas.

O que fazer em 5 dias em Malta?

Além das sugestões no roteiro de 3 dias, se você ficar em Malta por mais dois dias, pode incluir lugares como: a Ilha de Gozo e as Três Cidades vizinhas de Valletta (Birgu, Senglea e Cospicua).

Dia 4 – Três Cidades

Conhecidas como as três cidades, elas ficam do outro lado da baía de Valleta, começamos o passeio em Birgu, também conhecida como Vittoriosa:

  • Comece o dia conhecendo o Museu Marítimo de Malta, onde você poderá aprender sobre a longa relação do país com o mar;
  • Passeie pelo Waterfront de Birgu e aproveite para fazer uma pausa para um café;
  • Depois vá até o Fort St. Angelo e suba ao topo para ter uma vista deslumbrante.

Continue o passeio para Senglea:

  • Depois de cruzar para Senglea, visite os Jardins de Safe Haven para ter uma vista panorâmica do Grande Porto e de Valletta. Não se esqueça de observar o icônico “olho e orelha” na torre, símbolos de Senglea;
  • Um testemunho da resistência dos malteses, a Basílica de Nossa Senhora da Vitória é uma parada obrigatória para os amantes da arquitetura.

Termine o dia em Cospicua:

  • Visite a Igreja de Imaculada Conceição, que também tem uma arquitetônica barroca incrível;
  • Finalize o dia fazendo um passeio pela linha das muralhas que une as Três Cidades e escolha um dos restaurantes no Waterfront de Birgu para um jantar típico.

Dia 5 – Gozo

Se você tem mais dias em Malta, não deixe de conhecer a ilha de Gozo. Com uma atmosfera bem diferente da ilha principal, tanto as paisagens, quando a cidade principal são um mergulho na cultura local.

Victoria, capital de Gozo, é uma cidade charmosa com ruas estreitas e um mercado de rua movimentado. A Cittadella é uma fortaleza impressionante que oferece vistas panorâmicas do resto da ilha. Porém, a região é árida e não muito convidativa para quem visita no auge do verão (use bastante protetor solar).

Cidade murada em Gozo
A Cittadella é uma parada obrigatória para em vai até a ilha de Gozo. Foto: Ana Carolina Lisboa

Conheça também os Templos Ġgantija, uma das estruturas arqueológicas mais antigas do mundo. Datam de 3.600 a 3.200 a.C e foram designadas como Patrimônio Mundial da UNESCO.

Se você tiver tempo, considere visitar o Blue Hole, um dos melhores pontos para mergulho e snorkeling em Malta, e a Azure Window, que embora tenha desmoronado em 2017, o local continua incrivelmente bonito.

O que fazer no roteiro de Malta em 7 dias?

Se você está se perguntando o que fazer em Malta em 7 dias, relaxe! Há muitas opções de passeio e nós temos dicas para enriquecer ainda mais o seu roteiro.

Dia 6 – Marsaxlokk e Blue Grotto

  • Inicie seu roteiro com um passeio de barco na Blue Grotto, uma caverna famosa por suas águas azul-turquesa;
  • Antes do meio-dia, parta para Marsaxlokk, uma vila de pescadores conhecida por seus barcos coloridos. Explore o mercado de peixes da região e almoce em um dos restaurantes enquanto aprecia a vista;
  • Não muito longe, a St. Peter’s Pool lhe aguarda para uma tarde divertida e relaxante. O ponto é bastante popular para mergulho e natação.

Dia 7: Dingli Cliffs e Praias

  • Comece o dia cedo para aproveitar a tranquilidade e a vista espetacular do Dingli Cliffs ao amanhecer, ou, se preferir, troque pelo pôr do sol, que também é imperdível. Esta é a maior elevação natural de Malta e oferece vistas panorâmicas do Mar Mediterrâneo;
  • Depois, explore uma das diversas praias desta região da ilha. Qualquer que seja sua escolha, não haverá arrependimento. Algumas opções são Golden Bay (se ainda não tiver ido nos dias anteriores), Ghajn Tuffieha Bay ou Għar Lapsi, para um local mais tranquilo.
  • No final do dia, aproveite a vibrante vida noturna de St. Julian’s e desfrute de um jantar em um dos restaurantes ou bares da cidade.

Quantos dias são suficientes em Malta?

O período ideal vai depender muito do seu orçamento e planejamento de viagem. Porém, entre 5 e 7 dias acredito ser o ideal.

Se você não sabe o que fazer em Malta, uma semana oferece uma boa combinação de cultura, história e relaxamento nas praias, conforme os roteiros sugeridos anteriormente.

E se você quer saber quanto custa viajar para o país, saiba que a capital é um dos destinos mais baratos da Europa, conforme veremos mais adiante.

O que não pode deixar de conhecer em Malta?

Não tive a chance de conhecer museus e outras atrações internas, então fica meio complicado dizer o que é imperdível nesse sentido. Mas, se você curte história e arquitetura, se perca pela capital! Valletta é um dos três Patrimônios Mundiais da UNESCO em Malta e as ruas, por si só, já são um museu a céu aberto.

E falando em patrimônio mundial, Malta tem outros dois pontos: os Templos Megalíticos – são seis deles espalhados entre as ilhas – e o Hipogeu de Hal Saflieni que com certeza valem a pena a visita!

Outros dois locais que considero essenciais para visitar são a Lagoa Azul em Comino, onde a água é a mais cristalina que já experimentei em mar aberto até hoje, e Mdina.

Caminhar pelas ruas da “Cidade Silenciosa” é como estar em um conto medieval. O silêncio faz com que a nossa imaginação fique ainda mais aguçada, tornando a experiência profundamente envolvente e inesquecível.

Entrada da cidade silenciosa, em Malta
Conhecida como “Cidade Silenciosa”, Mdina é uma verdadeira imersão na era medieval. Foto: Ana Carolina Lisboa

Exceto Comino, que precisa de barco para chegar até a ilha, todos os outros locais podem ser acessados de ônibus ou carro. Quando fomos em 2020, usamos Uber, que se mostrou uma grande surpresa, por ser super econômico e prático, além de otimizar bastante o passeio.

Os ônibus são eficientes, mas geralmente levam o dobro do tempo. Portanto, considere esses fatores ao decidir como se deslocar pela ilha.

O que fazer a noite em Malta?

Quando o sol se põe, as cidades se transformam e uma magia toma conta das ruas. Se você está se perguntando o que fazer em Malta à noite, prepare-se para se encantar com a pulsante vida noturna.

Se é de festa e animação que você gosta, St. Julian’s, especialmente Paceville, o distrito mais badalado, são os lugares ideais. Uma infinidade de bares e clubes agita as ruas, atraindo tanto turistas quanto locais.

Valletta também é bastante animada e acaba sendo mais a minha cara, pois o foco lá é a gastronomia. A capital é um charme nessa hora do dia, com opções para todos os gostos: restaurantes tradicionais com música ao vivo, pizzarias, bares, trattorias e ruas iluminadas, perfeitas para um passeio romântico.

Próximas a Valletta, Sliema e Gzira são excelentes para quem busca uma noite mais tranquila. Os restaurantes à beira-mar combinam a tradição maltesa com influências internacionais. E, após o jantar, você pode caminhar pelo calçadão e aproveitar a brisa do mar.

Qual a melhor época para conhecer Malta?

A melhor época para visitar Malta é na primavera, entre abril e junho. O outono – especialmente entre setembro e outubro – também é outra opção.

Mas e quanto ao verão? Claro, você pode escolher viajar nessa época do ano, mas esteja preparado para multidões de turistas e calor intenso!

Na primavera e no outono, as temperaturas em Malta são mais amenas, variando entre 17 °C e 25 °C. Além do clima, essas estações permitem escapar da movimentação de turistas, que frequentam o país na alta temporada. Dessa forma, sua experiência será muito mais tranquila e prazerosa.

O que fazer em Malta no inverno?

O inverno maltês, que vai de dezembro a fevereiro, tem temperaturas que variam entre 10 °C a 17 °C, o que é bastante agradável se compararmos com outros países da Europa.

Se tiver a chance, aproveite para curtir o carnaval por lá ou um dos tantos festivais e concertos que acontecem nesse período.

Além disso, essa é uma ótima época para visitar museus, o Teatru Manoel e os templos megalíticos, já que você pode explorá-los sem o calorão do verão, tornando a experiência muito mais confortável.

O que fazer em Malta no verão?

No verão as temperaturas podem superar facilmente os 30 °C e nada melhor do que curtir as praias para amenizar o bafo quente. O país conta com aproximadamente 50, sendo Paradise Bay uma das mais populares.

Essa praia oferece ótima infraestrutura para turistas, seja para passar uma manhã ou o dia inteiro, ao contrário da Blue Lagoon, que é basicamente pedra e mar, sem opção de bares.

Crystal Lagoon, em Malta
Uma das paradas do passeio de barco para Comino é a Crystal Lagoon, perfeita para um mergulho. Foto: Ana Carolina Lisboa

Para os entusiastas do mergulho, Malta oferece diversos locais para a prática e é possível fazer aula de mergulho e excursão guiada na baía de St. Paul. Além disso, Blue Hole, já mencionado, é frequentemente citado como o melhor ponto.

O que fazer além do óbvio no roteiro de Malta?

Se você não sabe o que fazer em Malta além do óbvio, minha dica é buscar por experiências no GetYourGuide. O site oferece uma variedade de atividades, desde aula de culinária e visita ao mercado em Gozo, o que pode ser incrível para quem é apaixonado por gastronomia, até voo privado de parapente.

Além disso, considere evitar os locais mais movimentados. Permita-se explorar ruas menos conhecidas, onde você pode descobrir restaurantes e bares fora da rota dos turistas. Da mesma forma, praias menos populares podem proporcionar experiências surpreendentes.

Quanto custa viajar para Malta?

De acordo com o site Budget Your Trip, que traz estimativas de custos de viagens para diferentes destinos do mundo, o custo médio de uma semana em Malta, excluindo passagem aérea, é de aproximadamente 1.300€. Este valor inclui hospedagem, alimentação e transporte local.

Vale ressaltar que os custos podem variar significativamente com base na temporada, tipo de acomodação e atividades escolhidas. Quando estive no país em 2020, meu marido e eu ficamos em um hotel no centro de Valletta por 75€ a diária, com café da manhã. Atualmente ele está com valores bem maiores que na época. Mas, ainda é possível encontrar boas opções entre 85€ e 100€.

Em relação à alimentação, os gastos são pessoais e podem variar bastante. No entanto, o site sugere uma média de 19€ por dia para viagens econômicas e 44€ para um padrão mais confortável.

Quanto às atrações, os custos podem ser diversos. Durante nossa visita, o único ingresso que compramos foi para a Popeye Village. A média de gastos com atividades é de cerca de 27€ por dia, embora experiências como mergulho possam custar a partir de 50€.

Vista aérea para a Popeye Village
A Popeye Village está localizada em um ponto bastante isolado da ilha, mas vale a visita. Foto: Ana Carolina Lisboa

No quesito transporte, é difícil determinar um valor exato, pois estes podem variam bastante dependendo do meio de transporte escolhido. Por exemplo, nós gastamos cerca de 80€ usando Uber durante os quatro dias, pois não queríamos perder muito tempo com transporte

Por último, não esqueça das pequenas despesas, como lembrancinhas, que podem variar de 5€ a 20€, e lanches ocasionais, que custam entre 3€ e 5€.

Qual o gasto diário em Malta?

Uma pessoa gasta em média 191€ por dia em uma viagem econômica, incluindo hospedagem, transporte e alimentação, segundo o site Budget Your Trip.

A partir das estimativas feitas acima, você pode considerar que seu custo diário para uma viagem confortável, incluindo as atrações, gira em torno de 200€ a 230€ por dia.

Quantos euros levar para Malta?

Uma estimativa razoável para desfrutar de uma viagem com certo nível de conforto, excluindo os custos de hospedagem, é entre 500€ e 650€.

Para ter mais segurança e flexibilidade, aconselho dividir essa quantia entre dinheiro físico e um cartão de débito internacional, como o da Wise, que oferece uma série vantagens, como converter seu dinheiro facilmente e de forma instantânea com PIX, com câmbio comercial e 1,1% de IOF.

O que não deixar de comer em Malta?

Degustar a culinária local é definitivamente uma das experiências imperdíveis em Malta. A gastronomia maltesa é uma mistura de influências, originada principalmente das necessidades dos agricultores e pescadores que habitavam a ilha.

Os pratos icônicos incluem “Pastizzi,” uma massa folhada recheada com queijo ou ervilhas, e “Fenkata,” um ensopado de coelho frequentemente servido em ocasiões especiais.

Para os entusiastas de frutos-do-mar, “Aljottaé uma sopa de peixe que você não vai querer perder.

Pessoa segurando Pastizzi, comida típica de Malta
O Pastizzi é uma massa folhada recheada, perfeita para compor o café da manhã durante a sua viagem.

Restaurantes como Ta’ Kris em Sliema são conhecidos por servir um autêntico Fenkata, enquanto o Crystal Palace em Rabat é o local ideal para experimentar os melhores Pastizzis.

Além de sua rica herança local, a culinária do país é enriquecida com um toque de outras culturas, como a italiana, árabe e britânica. Então, se você algo mais familiar ao nosso paladar, sugiro uma visita ao SOTTO. Essa pizzaria é uma joia escondida que certamente não irá decepcioná-lo.

Onde se hospedar em Malta?

Para os viajantes que buscam uma experiência mais cosmopolita, a capital Valletta é uma excelente opção. Na cidade, você estará próximo de restaurantes, museus e tantos outros pontos turísticos, além de poder curtir a animada vida noturna – tem quem até opta por fazer um pubcrawl pela cidade!

Se você é do tipo praiano e prefere uma experiência mais tranquila, então as áreas de Mellieha e St. Julian’s podem ser ideais. Ambas oferecem uma boa seleção de resorts à beira-mar e fácil acesso a algumas das melhores praias da ilha.

Vista para cidade em Malta
St. Julian’s pode ser uma ótima opção de hospedagem para quem gosta de festas e compras

Para aqueles interessados em história e cultura, a cidade de Mdina pode oferecer uma experiência única. Hospedar-se aqui é como fazer uma viagem no tempo, com suas ruelas estreitas e arquitetura medieval.

E, por que não considerar Gozo? A segunda maior ilha do arquipélago é uma região menos movimentada, mas oferece diversas atividades como trilhas, mergulho e exploração de cavernas.

Qual o melhor transporte para explorar Malta?

Malta é uma ilha com várias opções para se locomover. Porém, a opção que se torna mais vantajosa para aqueles que não querem perder muito tempo com transporte e podem desembolsar um pouco mais, é o carro.

Os aplicativos funcionam muito bem na ilha e pode acabar compensando utilizá-los para ganhar tempo na sua viagem. Dessa forma, conseguimos encaixar vários locais no mesmo dia, sem precisar se preocupar com os horários do transporte público. E para quem pretende alugar um carro, só não esqueça que em Malta é mão inglesa!

Agora, se você está buscando algo econômico e eficiente, o ônibus é para você. Eles vão para quase todos os cantos da ilha e são bastante acessíveis. O ticket custa 1,50€ e no verão 2€ durante o dia e 3€ à noite, o ano todo. Você também pode comprar um cartão de viagem semanal, que fica ainda mais em conta.

Os ônibus hop-on hop-off de Malta são outra alternativa eficiente. Eles param em todas as atrações turísticas e você pode entrar e sair à vontade durante todo o dia.

A única coisa que não recomendo muito é se aventurar de bicicleta. As ruas são íngremes e eles não possuem ciclovias, além do trânsito ser um pouco caótico.

Como se planejar para o roteiro em Malta?

Agora que você já sabe o que fazer em Malta, é importante se organizar e se planejar para o roteiro da sua viagem. Confira algumas dicas para facilitar essa missão:

Escolha a hospedagem com base no tempo que vai ficar em Malta

Primeiro de tudo é escolher sua hospedagem com base na duração da sua estadia. Se você planeja ficar por mais tempo, talvez um Airbnb seja uma opção econômica, ou até mesmo um hostel.

Para estadias curtas, você pode optar por um hotel bem localizado no Booking para facilitar o acesso às principais atrações e garantir mais conforto.

Escolha o melhor transporte para o período

A escolha do transporte pode fazer toda a diferença na sua experiência! Se vai ficar por um período mais longo e quer explorar cada canto da ilha, alugar um carro é sua melhor aposta, ou, quem sabe, mesclar aluguel com transporte público para não gastar tanto.

Para quem tem menos de 4 dias, os ônibus hop-on hop-off são práticos e cobrem as principais atrações turísticas, assim como os aplicativos de carro, que não saem tão caros quanto você imagina.

Programe os passeios com antecedência

Ninguém quer viajar de férias e perder tempo em filas, não é mesmo? Ou pior, esperar e descobrir que um passeio está esgotado. Portanto, compre todos os ingressos com antecedência sempre que possível.

Em alguns casos pode valer a pena adquirir um cartão turísto, que oferece um bom desconto em várias atrações, incluindo o hop-on hop-off.

Fique conectado durante a viagem

Para garantir que você possa navegar pela internet, postar fotos e manter contato com a família, recomendamos a compra de um chip internacional. Nossa principal indicação é a America Chip, que oferece diversas opções de pacotes de dados que vão mantê-lo conectado durante sua viagem.

O que saber antes de viajar para Malta?

Você está quase lá para finalizar o seu planejamento para Malta! Antes de considerar tudo pronto, não deixe de conferir estes itens essenciais no seu checklist de viagem para garantir uma experiência sem perrengues.

Seguro viagem

O seguro viagem para Malta é obrigatório e deve cobrir despesas médicas de pelo menos 30 mil euros, valor mínimo exigido para países membros do Espaço Schengen.

O seguro não só é uma exigência para entrada como também uma segurança importante para qualquer imprevisto de saúde que possa ocorrer durante a viagem. Além disso, ele pode cobrir outros custos, como cancelamento de viagem e perda de bagagem. Nós do Euro Dicas Turismo recomendamos o Seguros Promo, que oferece excelentes seguradoras por um bom custo-benefício.

Documentação e visto

Além do passaporte válido com pelo menos seis meses a partir da data planejada de retorno, a partir de 2024, os viajantes também precisarão do ETIAS (Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem) para visitar países do Espaço Schengen, que inclui Malta.

Levar dinheiro

Embora a maioria dos lugares em Malta aceite cartões, é uma boa ideia levar algum dinheiro em espécie para despesas menores. Além disso, embora raro, as autoridades de imigração podem solicitar comprovação de dinheiro em espécie, então é bom estar preparado.

Se você preferir não carregar muito dinheiro, considere usar o cartão Wise para obter taxas de câmbio mais favoráveis e menores tarifas de transação internacional.

Espero que estas dicas ajudem você a saber o que fazer em Malta e a se preparar melhor para sua viagem!