Com uma mistura entre tradição e contemporaneidade, os pontos turísticos da Alemanha encantam todos os gostos e estilos de viajantes. De atrações para aventureiros a entusiastas das artes, cada local revela algo novo e surpreendente, tornando a Alemanha um destino incrível em qualquer época do ano.

Preparamos este artigo repleto de dicas para apresentar 10 pontos turísticos extraordinários que você não pode deixar de visitar na Alemanha. Saiba tudo sobre transporte, ingressos, passeios, curiosidades e muito mais! Confira!

Pontos turísticos mais visitados da Alemanha

Gosto de dizer que existe uma Alemanha para cada tipo de turista. O país possui pontos turísticos incríveis que refletem a riqueza da história e da cultura local, tornando-o um dos destinos mais encantadores da Europa.

Para quem viaja ao país pela primeira vez, acredito que há alguns lugares indispensáveis para compor o roteiro. É claro que, infelizmente, nem sempre é possível incluir todos, por isso preparei uma lista mais “objetiva”, com os dez mais bacanas.

1. Portão de Brandemburgo, em Berlim

Um dos principais símbolos de Berlim e ponto turístico da Alemanha, o Portão de Brandemburgo (Brandenburger Tor) foi construído no final do século XVIII como um arco do triunfo. Localizado no coração da cidade, ele é um testemunho de muitos eventos históricos importantes, incluindo a divisão e posterior reunificação da Alemanha.

Com 26 metros de altura, o portão é coroado com uma quadriga de cobre, que apresenta a Deusa da Vitória conduzindo uma carruagem puxada por quatro cavalos em direção à cidade. A estátua que hoje adorna o topo, é, na verdade, uma réplica feita em 1969 por escultores em Berlim Ocidental, pois a original foi danificada durante a Segunda Guerra Mundial.

Embora o portão tenha cinco entradas, a utilização da passagem central era originalmente exclusiva para membros da família real e alguns indivíduos privilegiados até o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918.

Atualmente, tornou-se um local de encontro para celebrações e manifestações, além de ser um dos pontos turísticos mais fotografados da Europa. Apesar de ser incrível durante o dia, a vista noturna do portão iluminado também é imperdível.

Como é visitar o Portão de Brandemburgo?

A região é bastante movimentada, pois fica a poucos minutos de outros locais emblemáticos da cidade, como a Pariser Platz, o Monumento do Holocausto, o Parlamento Alemão e a Potsdamer Platz.

Apesar de Berlim ser uma cidade segura, é sempre bom ter cuidado com seus pertences. Além disso, tente visitar no início da manhã ou no final do dia para evitar as multidões e garantir sua foto.

Quero visitar o Portão de Brandemburgo!

A atração é gratuita e aberta 24 horas por dia. A região também é um ótimo ponto de partida para o seu roteiro em Berlim e costuma ser o local de encontro de muitos passeios guiados da cidade.

Na virada do ano, o Portão de Brandemburgo é concorrido e se transforma no epicentro das festividades de Réveillon, atraindo milhares de visitantes de todas as partes do mundo. Para garantir a segurança, o local é cercado e o acesso é controlado. Embora o evento seja tradicionalmente gratuito, é importante verificar as informações mais recentes, pois os detalhes de acesso podem variar de ano para ano e um ingresso pode ser cobrado.

A área ao redor do portão e a “Straße des 17. Juni” ficam repletas de estandes que vendem comidas e bebidas, além de palcos onde ocorrem apresentações ao vivo de bandas e DJs. Quando o relógio bate meia-noite, o céu se ilumina com a exibição dos fogos de artifício, lançados diretamente acima do portão.

2. Muro de Berlim — East Side Gallery, em Berlim

Ainda na capital alemã é possível ver fragmentos do que foi o símbolo da Guerra Fria. Construído em 1961 pela República Democrática Alemã (RDA) para impedir que os cidadãos da Alemanha Oriental fugissem para a Alemanha Ocidental, o Muro de Berlim estendia-se por cerda de 155 km dividindo a cidade em duas partes: uma controlada pelos comunistas e outra pelas forças ocidentais.

Ao longo de seus 28 anos de existência, o muro foi fortificado e expandido, tornando-se um complexo sistema de barreiras que incluía torres de vigilância, armadilhas explosivas e vastas áreas conhecidas como “faixa da morte”, patrulhadas por guardas armados. A tentativa de cruzar o muro era extremamente perigosa e muitas pessoas perderam suas vidas tentando fugir para o Ocidente.

Arte na East Side Gallery, em Berlim
A clássica imagem do beijo fraternal no Muro de Berlim

A queda, em 9 de novembro de 1989, foi seguida por cenas de alemães de ambos os lados demolindo partes do muro e celebrando juntos, tornando-se um marco do fim da Guerra Fria e do colapso dos regimes comunistas em toda a Europa Oriental.

Hoje, o que sobrou do Muro de Berlim foi transformado na East Side Gallery, famosa por ser uma das maiores galerias de arte ao ar livre do mundo e um dos principais pontos turísticos da Alemanha.

Localizada ao longo da Mühlenstraße, a galeria tem cerca de 1,3 km de extensão e exibe mais de 100 murais pintados por artistas de todo o mundo.

Como é visitar o Muro de Berlim?

Visitar a East Side Gallery é uma experiência única, oferecendo um vislumbre da criatividade artística que floresceu após o fim da guerra. As obras começaram a surgir em 1990, logo após a queda do muro, e servem como um memorial e uma crítica contundente aos impactos da divisão ideológica.

A mais icônica e que todos buscam fotografar é o “beijo fraternal” de Dmitri Vrubel, que retrata um beijo entre o líder soviético Leonid Brezhnev e o último chefe de Estado da RDA, Erich Honecker.

Quero visitar o Muro de Berlim!

Em 1991, a galeria foi protegida como um monumento histórico e pode ser visitada em qualquer época do ano, sendo mais um ponto turístico da Alemanha, gratuito e ao ar livre.

Recomendo visitá-lo durante os meses mais quentes, final da primavera ou início do verão, quando você também pode aproveitar para relaxar no parque próximo ao longo da margem do rio Spree.

Para complementar o passeio e entender melhor toda a história, você pode optar por fazer uma excursão a pé pelo muro com um guia local.

3. Ilha dos Museus, em Berlim

Para quem é apaixonado por museus, a Ilha dos Museus em Berlim é outro ponto turístico imperdível da Alemanha. O complexo abriga cinco museus de renome internacional, situado no rio Spree, bem no coração da cidade.

O local começou a ser formado no início do século XIX por ordem do rei Frederico Guilherme III da Prússia, com o objetivo de criar um “Santuário da Arte e da Ciência”.

Interior do Neues Museum, em Berlim
Reconstruído após a Segunda Guerra Mundial, o Neues Museum é um dos principais da Ilha

O primeiro edifício construído foi o Museu Antigo (Altes Museum), projetado pelo arquiteto Karl Friedrich Schinkel e concluído em 1830. Nos anos seguintes, outros edifícios foram adicionados ao complexo.

Além de ser um dos principais destinos culturais da Alemanha, é também um Patrimônio Mundial da Unesco e cada museu oferece uma experiência diferente, com obras que vão desde a antiguidade até arte moderna.

Como é visitar a Ilha dos Museus?

O passeio é superagradável, mas nem sempre é possível encaixar todos os museus no roteiro em uma única visita a Berlim. Recomendo que você pesquise bastante e se planeje com antecedência, decidindo quais museus quer conhecer.

  • Museu Antigo (Altes Museum): focado em coleções de arte clássica com uma coleção de artefatos da Grécia Antiga e Roma;
  • Museu Novo (Neues Museum): reconstruído e reaberto em 2009, o Neues Museum exibe coleções egípcias, incluindo o famoso busto de Nefertiti, e pré-história e primeiras coleções históricas;
  • Antiga Galeria Nacional de Berlim (Alte Nationalgalerie): abriga uma coleção de arte do século XIX, incluindo obras do Neoclassicismo, Romantismo, Impressionismo Francês e dos primeiros modernistas;
  • Museu Bode (Bode-Museum): este museu é conhecido pela coleção de esculturas, de arte bizantina e numismática. O edifício em si é uma obra de arte arquitetônica, sendo famoso por sua grande cúpula;
  • Museu Pergamon (Pergamonmuseum): um dos museus mais visitados da Alemanha, abriga reconstruções monumentais como o Altar de Pergamon, a Porta de Ishtar de Babilônia e o Portão do Mercado de Mileto. O museu está fechado para renovações, com previsão de abertura só em 2027.

Quero visitar a Ilha dos Museus!

Idealmente, compre seus ingressos com antecedência para evitar filas. Você pode optar por visitas guiadas ou comprar um Berlin Welcome Card, que garante entrada gratuita nos principais museus da ilha e descontos em outros tantos da cidade.

Os museus da Ilha dos Museus estão abertos de terça a domingo, das 10h às 18h. Além disso, se você estiver na cidade no primeiro domingo do mês, poderá aproveitar a entrada gratuita nos museus, um evento conhecido como “Museumssonntag“.

4. Campo de Concentração de Sachsenhausen, em Oranienburg

Construído em 1936, Sachsenhausen foi projetado originalmente como um “modelo ideal” de campo de concentração, com a intenção de servir tanto como um centro de treinamento para os oficiais da SS (“Schutzstaffel”, a polícia de proteção nazista), quanto como uma instalação para a detenção e exterminação de indivíduos considerados inimigos do regime nacional-socialista.

Durante sua operação, estima-se que cerca de 200 mil pessoas tenham sido detidas no campo, e entre 30 mil e 50 mil morreram devido a maus-tratos, doenças, fome, trabalho forçado, execuções ou experiências médicas.

Cerca de 3 mil prisioneiros restantes em Sachsenhausen foram liberados pelas forças soviéticas e polonesas em abril de 1945. Após a guerra, o local passou a ser utilizado pelos soviéticos como um campo para a detenção de nazistas até 1950.

O Campo de Concentração de Sachsenhausen foi transformado em um memorial e museu em 1961. A criação do memorial foi iniciada pela Alemanha Oriental (RDA) no aniversário de 20 anos da liberação do campo.

Como é visitar o Campo de Concentração de Sachsenhausen?

Conhecer esse ponto turístico da Alemanha é uma experiência muito emocionante e educativa, que confronta os visitantes com uma das épocas mais sombrias da história moderna.

Ao chegar ao memorial, você será recebido pelo portão com a inscrição “Arbeit Macht Frei” (O Trabalho Liberta), encontrada nos portões de alguns campos de concentração nazistas, incluindo Auschwitz e Dachau. A partir daí, é possível explorar o extenso local que inclui reconstruções e ruínas das barracas dos prisioneiros, torres de vigia, áreas de execução e celas de punição.

O museu também abriga exposições detalhadas que oferecem uma ideia de como era o campo na época, com exibições de objetos pessoais das vítimas, documentos e fotografias que contam as histórias dos milhares que passaram por ali.

Além disso, o centro de documentação traz informações históricas e relatos de sobreviventes, proporcionando um contexto mais amplo sobre o impacto do campo e sua função dentro do sistema de campos de concentração nazista.

E sem dúvida, a visita a Sachsenhausen é uma experiência impactante. Muitas pessoas relatam uma sensação de tristeza e sobrecarga emocional ao caminhar pelo mesmo lugar que tantas pessoas sofreram e, muitas vezes, encontraram seu fim trágico.

Quero visitar o Campo de Concentração de Sachsenhausen!

Localizado em Oranienburg — cerca de 25 minutos da estação central de Berlim — Sachsenhausen é acessível por transporte público, o que facilita a visita para aqueles interessados em compreender a história do Holocausto e do regime totalitário nazista. É importante estar preparado emocionalmente, pois o conteúdo é pesado e pode ser perturbador.

O acesso é gratuito e no local estão disponíveis audioguias em diversos idiomas, inclusive português, no valor de 3,50€.

O funcionamento no verão, de 15 de março a 14 de outubro, é das 8h30 às 18h. Já no inverno, entre 15 de outubro a 14 de março, é das 8h30 às 16h30. Vestir-se apropriadamente para o tempo e usar calçados confortáveis também é importante, já que a visita envolve bastante caminhada ao ar livre.

Além disso, muitos optam por participar de visitas guiadas, que podem proporcionar uma visão mais completa e ajudar a contextualizar as exposições e os locais dentro do campo. Geralmente, elas duram cerca de duas horas, mas há outras opções que incluem excursões em cidades próximas.

5. Castelo de Neuschwanstein, em Füssen

O cenário perfeito de conto de fadas você encontra visitando esse ponto turístico da Alemanha. O Castelo de Neuschwanstein é um dos mais famosos do mundo e possivelmente, o mais conhecido do país.

Localizado nas colinas acima da vila de Hohenschwangau perto de Füssen — cidade que finaliza o trecho da rota romântica na Alemanha — sua construção foi encomendada em 1869 pelo Rei Ludwig II da Baviera, conhecido como o “Rei Louco”, e nunca foi concluída.

O complexo reflete bastante as ideias sonhadoras e românticas do rei, que transformou o lugar em um refúgio pessoal e um tributo à cultura medieval, que ele tanto idolatrava.

Paisagem com vista para o castelo de Hohenschwangau
O vilarejo de Hohenschwangau abriga dois pontos turísticos da Alemanha. Foto: Ana Lisboa

O design do castelo incorpora estilos românticos, góticos e bizantinos, com interiores opulentos que refletem os temas de muitas óperas de Richard Wagner. Curiosamente, Ludwig II viveu no castelo por menos de 200 dias antes de sua morte misteriosa em 1886.

Após a morte do rei, o castelo foi aberto ao público quase imediatamente, e desde então tem sido uma das atrações turísticas mais populares da Alemanha, atraindo milhões de visitantes de todo o mundo.

E há quem diga que Neuschwanstein também serviu de inspiração para o Castelo da Bela Adormecida da Disney, então você já sabe o que esperar.

Como é visitar o Castelo de Neuschwanstein?

O local poderia ser facilmente inserido nos destinos de contos de fada da Europa. O castelo está situado em uma posição elevada com vistas incríveis para as montanhas e vales da região.

Para chegar ao castelo, existem algumas alternativas, como pegar uma carroça puxada por cavalos ou fazer uma caminhada íngreme de aproximadamente 30 minutos. Eu fiz a caminhada durante o inverno e não recomendo. Nessa época, as temperaturas ficam negativas facilmente, e, nesse caso, sugiro utilizar outro meio de transporte ou estar bem preparado para o trajeto gelado.

Também existe um ponto conhecido como Marienbrücke, que oferece uma das vistas mais icônicas do castelo contra o pano de fundo das montanhas. Normalmente, o local está lotado de turistas, mas vale ter paciência para garantir a sua foto.

O interior do castelo é igualmente impressionante, com salas muito decoradas que refletem o amor de Ludwig II pela ópera e pelo medievalismo. Dentre os destaques incluem o Salão dos Cantores, a Sala do Trono e o quarto do rei, todos com muitos murais e móveis luxuosos.

Quero visitar o Castelo de Neuschwanstein!

Somente é possível visitar o castelo com uma visita guiada. O local fica aberto diariamente, mas com horários diferentes em cada temporada. De 23 de março a 15 de outubro é das 9h às 18h e de 16 de outubro a 22 de março, das 10h às 16h.

O valor do ingresso inteiro é de 18€ no local, mas, para evitar filas e o risco de não conseguir entrar, pois a quantidade é limitada por dia, o ideal é comprar com antecedência.

Além disso, use calçados confortáveis e roupas apropriadas para o clima, pois isso pode estragar o seu passeio caso você não esteja preparado para enfrentar o frio ou longas caminhadas. E tente chegar o mais cedo possível para evitar as multidões e desfrutar da experiência com mais tranquilidade.

6. Zugspitze

Um dos pontos turísticos da Alemanha é o Zugspitze, o ponto mais alto do país, situado na fronteira com a Áustria. Com uma altitude de 2.962 metros acima do nível do mar, o local é um destino popular para esquiadores e alpinistas, além de atrair turistas do mundo todo por suas vistas panorâmicas dos picos da Alemanha, Áustria, Suíça e Itália.

O Zugspitze foi escalado pela primeira vez em 1820 pelo oficial do exército bávaro, Josef Naus, seu assistente Maier e o guia de montanha, Johann Georg Tauschl.

Desde então, o Zugspitze tornou-se um centro para alpinismo e pesquisa científica, e anos depois foi desenvolvido para turismo, com a construção de uma estação meteorológica e, mais tarde, de teleféricos e instalações de esqui.

Como é visitar o Zugspitze?

É definitivamente uma experiência incrível e gelada! Chegando ao topo, os visitantes podem desfrutar de uma série de atividades dependendo da época do ano.

No verão, o local é ideal para caminhadas, escaladas ou simplesmente apreciar as extensas vistas dos Alpes. No inverno, transforma-se em um paraíso de esqui com pistas que atendem tanto a principiantes, quanto a esquiadores experientes.

Além disso, é possível visitar o iglu de Zugspitze, que é reconstruído a cada inverno. Há também restaurantes que servem comida típica da Baviera, lojas de souvenirs e até um museu que conta a história da montanha.

Quero visitar o Zugspitze!

Antes de mais nada, é importante se preparar para o frio. Especialmente no inverno, as temperaturas variam de −8 °C a −14 °C e é comum ter bastante vento no local. Portanto, calçados para neve e uma boa jaqueta impermeável são essenciais.

Durante a alta temporada, é aconselhável reservar bilhetes para o teleférico ou trem com antecedência, principalmente se você estiver planejando uma viagem durante feriados ou fins de semana. Há inúmeros passeios disponíveis saindo de Munique que levam até o local.

Os bilhetes de teleférico custam 62€ por pessoa e o horário de funcionamento varia conforme a temporada. Na primavera e no outono, são realizados trabalhos de manutenção regulares, portanto, é necessário ficar atento caso você visite o local nesse período.

7. Catedral de Colônia

A Catedral de Colônia (Kölner Dom) é uma das mais impressionantes catedrais góticas do mundo e um símbolo da cidade. Sua construção começou no século XIII para abrigar as relíquias dos Três Reis Magos, trazidas para a cidade alemã por Frederico Barbarossa.

O projeto original foi ambicioso e buscou criar um dos maiores templos da cristandade. Apesar do trabalho contínuo ao longo dos séculos, a construção foi interrompida em 1473, deixando a catedral inacabada por quase 400 anos. Em 1842, com o ressurgimento do interesse pelo estilo gótico, as obras foram retomadas e, finalmente, concluídas em 1880, seguindo as plantas originais.

Ponte de Colônia com vista para catedral
A foto emblemática com a catedral de fundo, você consegue atravessando a ponte Hohenzollern. Foto: Arquivo pessoal

As duas torres da catedral alcançam quase 157 metros de altura e são visíveis de muitos pontos ao redor de Colônia e até mesmo de lugares mais distantes, dependendo das condições climáticas. Sob condições ideais, podem ser vistas de até 30 quilômetros, sendo um ótimo ponto de orientação para os visitantes.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Catedral sofreu 14 impactos de bombas, mas não desabou. Desde então, tem sido constantemente restaurada. Em 1996 o ponto turístico da Alemanha foi designado Patrimônio Mundial da Unesco.

Como é visitar a Catedral de Colônia?

Imponente e até mesmo intimidadora, a catedral oferece uma experiência que combina admiração arquitetônica com imersão espiritual. A entrada principal está adornada com esculturas de santos e figuras eclesiásticas, mas o interior também reserva surpresas aos visitantes.

Dentro da catedral, um dos destaques é o relicário de ouro dos Três Reis Magos, situado atrás do altar maior. O local, onde supostamente contém os restos dos Três Reis Magos, é considerado o maior e mais importante trabalho de arte sacra feito na Idade Média.

Além disso, a catedral tem uma rica coleção de arte, incluindo esculturas, pinturas e um órgão impressionante. E para aqueles interessados em uma vista panorâmica, é possível subir os 533 degraus de uma das torres. A subida é cansativa, mas as vistas de Colônia, uma das cidades mais bonitas da Alemanha, são recompensadoras.

Quero visitar a Catedral de Colônia!

Se você planeja visitar o interior da catedral, pode fazê-lo por conta própria ou optar por passeios guiados. Na entrada, é preciso estar preparado para a verificação de identidade feita pelos funcionários e somente é permitido acessar com bolsas pequenas e mochilas de no máximo tamanho A4.

A catedral é aberta ao público de segunda a sábado, das 10h às 17h, e aos domingos entre 13h e 16h. No site você encontra os horários das missas, que acontecem diariamente, permitindo que você se planeje para participar.

Para subir a torre, é preciso comprar o ingresso na hora, que custa 6€, ou pagar 10€ no combo de ingressos para a torre e o tesouro. Mas há descontos para crianças e famílias.

A dica para quem vai subir os mais de 500 degraus é usar roupas e calçados confortáveis e estar com o condicionamento físico em dia, pois não há elevador no local!

8. Miniatur Wunderland, em Hamburgo

Inaugurado em 2001, o Miniatur Wunderland foi criado pelos irmãos Frederik e Gerrit Braun. O projeto começou modestamente em uma antiga área de armazéns no distrito de Speicherstadt em Hamburgo, mas logo se expandiu devido à sua popularidade.

Atualmente, o museu abrange várias seções que representam locais e culturas diversas, incluindo réplicas de partes da Alemanha, Áustria, Suíça, Escandinávia, Itália, Rio de Janeiro e outros.

O local é uma das atrações turísticas mais populares da Alemanha, especialmente para os entusiastas de modelismo ferroviário e, claro, famílias com crianças. O modelo em miniatura do Miniatur Wunderland é o maior de seu tipo no mundo.

Como é visitar o Miniatur Wunderland?

Ao visitar o Miniatur Wunderland, você será transportado para um mundo em miniatura incrivelmente detalhado e animado, que certamente despertará seu lado infantil.

Cerca de 1.200 miniaturas de trens percorrem milhares de metros de trilhos, atravessando paisagens urbanas e rurais meticulosamente construídas.

Um dos destaques do museu é o Aeroporto de Knuffingen, onde aviões decolam e pousam de forma bastante realista. Essa é uma das seções mais impressionantes do local, ocupando 150 m² com um investimento de 4 milhões de euros.

A iluminação muda de dia para noite em ciclos regulares, e há até representações de fenômenos naturais e eventos cotidianos, como tempestades e incêndios sendo apagados por bombeiros.

Para os brasileiros, a seção do Rio de Janeiro é imperdível. Com 46 m², foram representados alguns marcos da cidade, como o Cristo Redentor, a praia de Copacabana e o Pão de Açúcar, passando pela agitação do carnaval no sambódromo até as favelas, em seus mínimos detalhes.

Para trazer mais autenticidade e a perspectiva de quem vive no país, a equipe realizou todo o planejamento e criação em conjunto com sul-americanos. O projeto levou 4 anos para ser finalizado, e três caminhões articulados transportaram as 24 caixas com peso total superior a 6 mil quilos para uma viagem de mais de 30 dias até Hamburgo.

Quero visitar o Miniatur Wunderland!

Hamburgo é uma cidade fascinante que definitivamente vale a pena visitar, embora nem sempre seja prático incluí-la em uma primeira viagem à Alemanha. Situada na parte norte do país, uma passada por lá pode ser combinada com uma viagem à Dinamarca ou Holanda.

O Miniatur Wunderland pode ser visitado durante todo o ano, mas algumas épocas e datas costumam ser mais movimentadas, como férias escolares, feriados e finais de semana.

Idealmente, vá durante a semana, nos primeiros horários do dia, e compre seu ingresso com antecedência para evitar filas ou longas esperas. Os horários de visita variam conforme a data, então é importante checar o calendário no site.

Os ingressos custam 20,50€ por pessoa, incluindo a taxa de serviço do site, mas há descontos disponíveis para crianças, cadeirantes e também em alguns horários do dia, como de manhã cedo ou final da tarde.

Existe também a possibilidade de fazer uma visitação noturna em alguns dias específicos. Esses horários costumam ser das 21h15 até 1h, e os ingressos são mais limitados, o que torna o passeio mais confortável. Nesse caso, o preço normal é de 25,90€ por pessoa.

9. Castelo de Heidelberg

Sempre sou suspeita para falar de Heidelberg, pois essa foi uma das cidades que me apaixonei e que me fez vir morar de forma definitiva no país. Apesar de não viver na cidade (pois os aluguéis são bem caros), moro há 40 minutos de trem, o que me permite desfrutar do melhor que essa cidade incrível tem a oferecer.

O Castelo de Heidelberg é uma das ruínas mais majestosas e um ponto turístico da Alemanha bastante conhecido. Ele fica sobre uma colina com vista para a cidade, combinando um estilo gótico e renascentista que remonta ao século XIII, embora a estrutura atual tenha começado a tomar forma no século XIV.

Pátio do castelo de Heidelberg, ponto turístico da Alemanha
Se possível, faça uma visita guiada ao interior do castelo de Heidelberg para entender mais sobre sua história. Foto: Ana Lisboa

Com o passar dos anos, o castelo foi ampliado e fortalecido, servindo como residência para os príncipes eleitores do Palatinado. No entanto, o local sofreu muitos danos durante as guerras do Palatinado e a dos Nove Anos, com os nobres perdendo interesse no castelo.

No século XIX, o castelo de Heidelberg foi redescoberto como uma ruína romântica, inspirando artistas e escritores, e tornou-se um símbolo do movimento romântico na Alemanha.

Como é visitar o Castelo de Heidelberg?

Conhecer o castelo de Heidelberg é como fazer uma viagem no tempo. O jardim é encantador, especialmente na temporada de calor, e os visitantes podem explorar as torres, as ruínas e toda a infraestrutura do local.

Dentro do castelo você também pode conhecer o maior barril de vinho da Europa, construído em 1751, além se visitar o Museu Alemão da Farmácia, que traz uma perspectiva bem bacana sobre a história da farmacologia.

A partir do castelo, também é possível apreciar vistas deslumbrantes da cidade e o rio Neckar, que são lindas tanto no inverno, quanto no verão.

Quero visitar o Castelo de Heidelberg!

Para mim, a melhor época é no início do verão, quando as temperaturas ainda não estão muito altas e a cidade não está superlotada. As cores do outono também são um charme à parte, além dessa época ser um pouco mais acessível de viajar para a Alemanha.

Opções de transporte e trajetos não faltam para os visitantes chegarem até o castelo, sendo que cada um oferece uma experiência diferente. Eu sempre fiz o trajeto da escadaria e somente recomendo para aqueles com bom preparo físico.

A maneira mais popular de chegar até o topo é por meio do funicular de Heidelberg, conhecido como Bergbahn. A estação Kornmarkt no centro da cidade leva os visitantes até a estação do castelo em poucos minutos e o ticket custa 9€ para adultos.

Há também trilhas, como a localizada perto da Alte Brücke, cuja caminhada leva cerca de 20 minutos e o trajeto é íngreme em alguns trechos. Outra opção é usar a escadaria, que começa perto da estação Kornmarkt e é uma rota direta para o castelo, com paisagens bem pitorescas. Embora seja íngreme e cansativo, acho bastante recompensadoras as vistas que esse caminho proporciona. Além disso, há alguns pontos de observação para tirar fotos ou se refrescar — aliás, não esqueça de levar sua água.

Outro ponto que acho importante reforçar é sobre a roupa escolhida. É comum ver pessoas muito bem-vestidas circulando pela cidade, mas se você planeja visitar o castelo, evite usar sapatos desconfortáveis ou calças jeans muito justas. Mesmo optando pelo transporte mais rápido, é provável que você caminhe por algumas boas horas durante esse passeio.

Por fim, não esqueça de checar os horários dos transportes e de funcionamento do castelo. Ele funciona diariamente, inclusive nos feriados, das 9h às 18h, mas o último horário permitido para entrar é 17h30. Nos meses de inverno é comum que o horário seja reduzido.

A entrada para os jardins é gratuita, mas para fazer a visitação dentro do castelo é preciso de guia e o passeio dura cerca de uma hora. Os ingressos custam 6€ para a visita e 9€ o bilhete que inclui a viagem de regresso no funicular, além da entrada no pátio do castelo, visita ao barril e a entrada no museu da farmácia.

10. Floresta Negra, em Baden-Württemberg

A Floresta Negra (Schwarzwald) é uma região montanhosa que fica no sudoeste da Alemanha, no estado de Baden-Württemberg. Uma velha conhecida dos alemães, que adoram frequentá-la para praticar esportes, seja no inverno ou no verão, também atrai muitos turistas que buscam cenários dignos de contos de fada.

A história da Floresta Negra é marcada por muitas lendas e tradições, servindo de cenário para diversos contos do país, incluindo muitas histórias dos Irmãos Grimm.

A região também é famosa pela fabricação de relógios cuco, uma prática que começou no século XVII e continua sendo importante para o comércio local, atraindo visitantes do mundo inteiro em busca de um exemplar original.

Há diversas cidades e vilarejos para conhecer nos arredores, com gastronomia típica e paisagens de tirar o fôlego, fazendo deste um dos destinos turísticos mais encantadores da Alemanha.

Como é visitar a Floresta Negra?

O mais bacana de visitar a Floresta Negra é que o passeio costuma agradar todos os tipos de viajantes. A região oferece uma mistura de atividades ao ar livre, experiências culturais e relaxamento.

Para quem ama contato com a natureza, há inúmeras trilhas para caminhadas, ciclismo e esqui no inverno. O Parque Nacional da Floresta Negra (Nationalpark Schwarzwald), por exemplo, oferece trilhas bem sinalizadas que levam a cachoeiras escondidas, mirantes e teleféricos.

Além das atividades ao ar livre, nas proximidades você encontra parques temáticos, com o Europa Park, museus ao ar livre e piscinas termais, ideais para um programa em família, entre amigos ou casais.

O encanto da região não se perde em nenhuma época do ano, sendo um destino perfeito para visitar nas quatro estações. Tudo vai depender do seu estilo de viagem.

Quero visitar a Floresta Negra!

Freiburg costuma ser a porta de entrada para a Floresta Negra e uma ótima opção para quem quer se hospedar na região desse ponto turístico da Alemanha. No entanto, há outros locais de partida, como Baden-Baden, Triberg, Titisee-Neustadt, Schiltach e Gengenbach.

Visitar um dos muitos ateliês de relógios cuco é uma atividade imperdível. Triberg, por exemplo, é um vilarejo que abriga o maior relógio cuco do mundo.

Em relação ao transporte, acredito que alugar um carro seja a opção mais prática de explorar a Floresta Negra. Porém, a região é bem servida por transporte público, incluindo trens e ônibus, que oferecem a vantagem de passeios mais tranquilos, sem o estresse da condução.

Também não deixe de experimentar o autêntico bolo que leva o nome da floresta. Ele é feito de chocolate com camadas intercaladas com chantilly e cerejas. É comum que a massa seja embebida em Kirschwasser, um licor feito de cerejas que dá um toque especial.

Pontos turísticos da Alemanha menos comuns

Conhecer todos os pontos turísticos da Alemanha em uma única viagem nem sempre é possível e existem tantos outros locais incríveis que também valem a pena entrar no seu roteiro em outra oportunidade.

Sendo assim, para quem visita o país pela segunda vez ou simplesmente quer explorar destinos não tão populares, confira a seleção com atrações gratuitas e pagas:

  • Parque Englischer Garten: um dos maiores parques urbanos do mundo está localizado em Munique. Nem sempre entra no roteiro de quem visita a cidade, mas vale incluir para uma caminhada, um piquenique ou quem sabe um surf de rio;
  • Palácio de Linderhof: o menor dos três palácios construídos pelo Rei Ludwig II da Baviera, Linderhof é famoso por seus interiores barrocos e jardins inspirados em Versalhes. Esse local pode entrar no seu roteiro caso você opte por visitar o Zugspitze, por exemplo;
  • Campo de Concentração de Dachau: próximo a Munique, este foi o primeiro campo de concentração nazista e hoje é um memorial para as vítimas do holocausto;
  • Spreewald: essa região é bem pitoresca e fica ao sudeste de Berlim, conhecida por seus canais navegáveis, ideal para passeios de barco ou caiaque;
  • Rügen Island: a maior ilha da Alemanha (sim, existe uma ilha na Alemanha!) no Mar Báltico, é conhecida por suas belas praias, fugindo bastante do roteiro padrão do país;
  • Castelo de Cochem: eu me encantei por essa cidade e acho que vale explorá-la em uma segunda oportunidade no país. O castelo, situado no vale do rio Mosela, oferece um vislumbre da era medieval alemã e é o ponto alto da visita à região;
  • Parque de Sanssouci: localizado em Potsdam, este parque é famoso por seus jardins e palácios, incluindo o Palácio Sanssouci, que foi a antiga residência de verão de Friedrich, o Grande, Rei da Prússia.

Dicas e cuidados para visitar os pontos turísticos da Alemanha

Os pontos turísticos da Alemanha são bastante seguros, e as dicas para aproveitá-los estão mais relacionadas aos ingressos e à escolha das vestimentas.

Primeiramente, planeje sua visita com antecedência, especialmente para atrações pagas e muito movimentadas. Na Alemanha, é comum que os horários mudem a cada temporada, então também é importante verificar isso antes de planejar seu roteiro.

Jardim do castelo de Sanssouci, em Potsdam
O parque Sanssouci reserva diversos castelos e monumentos para explorar

Independentemente da estação, use calçados confortáveis, pois muitos locais históricos e parques requerem bastante caminhada com terrenos acidentados.

Verifique sempre a previsão do tempo antes de sair, pois o clima por aqui varia bastante, podendo ser frio logo cedo, dependendo da temporada, e quente ao longo do dia. E em regiões mais montanhosas, como a Floresta Negra ou os Alpes, sempre tenha uma boa jaqueta corta-vento.

Além disso, é importante estar ciente das normas locais de etiqueta e respeitar as regras de cada ponto turístico, especialmente em locais históricos que homenageiam as vítimas do Holocausto. Tenha empatia e respeito ao tirar fotos nesses locais, reconhecendo que são espaços de memória e reflexão sobre eventos trágicos da história.

Precisa comprar os ingressos com antecedência?

Garantir ingressos com antecedência é essencial ao visitar os pontos turísticos pagos da Alemanha, pois isso não somente evita longas filas, como também assegura o acesso sem estresse a essas atrações.

Muitos dos tickets podem ser adquiridos diretamente nos sites oficiais, mas há outras opções que podem ser vantajosas. Plataformas como GetYourGuide e Civitatis, por exemplo, são excelentes para quem busca uma experiência completa.

Muitas vezes esses sites oferecem pacotes que combinam várias atividades ou visitas guiadas a múltiplas atrações, o que pode ser uma forma econômica e conveniente de explorar mais do que apenas os pontos turísticos mais famosos.